A constelação galileo é um projeto ambicioso que visa criar uma rede de satélites de comunicação e navegação para a União Europeia. O objetivo é oferecer uma alternativa ao GPS americano e ao GLONASS russo, garantindo a autonomia e a segurança dos países europeus.

O projeto começou em 1999, com a assinatura de um acordo entre a União Europeia e a Agência Espacial Europeia (ESA). Desde então, foram lançados 26 satélites em órbita média terrestre, sendo que 22 estão operacionais e 4 são de reserva. A constelação galileo deveria estar completa em 2020, com 30 satélites em funcionamento, mas diversos atrasos e problemas técnicos adiaram esse prazo.

Um dos principais desafios do projeto foi o lançamento dos satélites. Inicialmente, foi usado o foguete russo Soyuz, que podia levar dois satélites por vez. Em 2014, houve um problema com o lançador, que colocou dois satélites em uma órbita errada. Eles foram recuperados parcialmente, mas não puderam ser usados para o sistema de navegação.

Em 2015, foi usado pela primeira vez o foguete europeu Ariane 5, que podia levar quatro satélites por vez. No entanto, em 2018, houve outro problema com o lançador, que colocou dois satélites em uma órbita mais baixa do que o previsto. Eles também foram recuperados parcialmente, mas tiveram sua vida útil reduzida.

Outro desafio do projeto foi a construção e a operação dos satélites. Eles foram fabricados por um consórcio de empresas europeias, liderado pela Airbus Defence and Space. Cada satélite pesa cerca de 700 kg e tem uma vida útil estimada em 12 anos. Eles são equipados com dois relógios atômicos de hidrogênio e dois de rubídio, que fornecem a precisão necessária para o sistema de navegação.

Os satélites são controlados por dois centros principais na Europa: um na Alemanha e outro na Itália. Eles também contam com uma rede de estações terrestres espalhadas pelo mundo, que monitoram e corrigem os sinais enviados pelos satélites.

A constelação galileo já está oferecendo alguns serviços desde 2016, como o serviço aberto (para uso civil), o serviço público regulado (para uso governamental) e o serviço de busca e salvamento (para emergências). No entanto, o projeto ainda não está concluído e não atingiu sua capacidade plena.

A previsão atual é que a constelação galileo esteja completa em 2024, com 30 satélites operacionais e mais seis de reserva. Além disso, está prevista a substituição gradual dos satélites mais antigos por novos modelos mais avançados. O custo total do projeto é estimado em cerca de 10 bilhões de euros.

A constelação galileo é um marco para a Europa e para o mundo. Ela representa um avanço tecnológico e uma garantia de independência e soberania para os países europeus. Ela também oferece benefícios para os usuários finais, como uma maior precisão, confiabilidade e segurança na navegação por satélite.

Publicado por Danilo Jorge

Autor Danilo Jorge

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